10/08/2010

Transmutação

O dia amanheceu muito brilhante.
Mas passei uma noite ofegante
Nas andanças do espaço de minha vida.
Saí do meu corpo novamente
E andei por caminhos diferentes.


Em charrete galopava livremente
Por caminhos longos e bonitos.
Pelo campo ar puro eu respirava,
E no rio de águas cristalinas
Eu jogava meu corpo
E me banhava.
E falava em voz alta: ó, que sina.
Porque a solidão me domina?
Mas resposta não vinha;
Então chorava!

Deitei-me na relva feito pluma.
Fitei o horizonte do meu eu;
Voltei ao rio, entre o murmurar das águas
E cânticos de pássaros me deliciei;
Entre as pedras me energizei.
Abastecida retornei o caminho
Para cumprir minha sina.


Poema e pintura de Antoniêta Bonfim

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