31/08/2010

Alerta

Defronte pro mar eu medito,
Em oração eu exclamo!
Temos muito neste planeta
Já tivemos muito mais:
mares, rios, florestas e animais.
Mas o homem na ânsia de crescer e desenvolver
Está destruindo tudo, até o nosso viver.


A água é contaminada pelo veneno das fábricas,
O ar que respiramos é pura poluição,
As florestas derrubadas e queimadas,
Animais e pássaros em extinção.

Ao contemplar o mar, cena grandiosa da natureza
Cuja calma, ritmo e beleza se impõem ao meu espírito,
É como se acompanhasse o movimento de um navio
Pra me harmonizar.

Voltarei sempre aqui pra contemplar o fluxo
E o refluxo das águas
Na visão do imenso azul do mar,
Como meio de me acalmar e habituar-me a impor
Silêncio aos meus pensamentos.

O Deus Creador nos ofertou tudo!!!
O Homem criador está destruindo o planeta!!!



Poesia e pintura de Antoniêta Bonfim de Andrade

29/08/2010

Cântico à Cigana Lola

Por ti me encantei, ó Lola querida!
Queria cantar e dançar contigo.
Eu estou aqui, me leva nesta dança,
Queria dançar a dança da vida.


Queria rodopiar contigo nas praças,
De véus coloridos e saia rodada;
Com roupas tão lindas, muito requintadas,
Bordada com pedras na barra da saia.

Aos sons de pandeiros, violinos e castanholas,
Saltitando pelos calçadões,
Provocando aplausos por onde passava.

Conquistava a todos com sorriso e encanto,
Com público seleto ti fez respeitar.
Tua graciosidade, tu mesma mostrava,
Pelo respaldo de lotar o palco em que se apresentava.


Poesia de Antoniêta Bonfim de Andrade

Tela de Maria do Carmo da Hora 


Para um bom entendimento da inspiração desta minha poesia, aconselho que entrem no Blog Vida Cigana e leiam as postagens dos dias 25/08/10 e 29/08/10.


 www.losciganos.blogspot.com

28/08/2010

Solidão

A voz embargada de saudade
Suplico pro o amor que meus lábios não podem beijar
E neste suplício eu beijo as flores
Que me acalmam e me fazem repousar.


Eu peço ao vento pra falar de ti
O vento murmura o pranto só meu
Pela saudade que existe em mim.

Quero ter luz pra iluminar min’alma,
Brilho pra iluminar meu coração,
Soltar-me do casulo que me aprisiona,
Virar borboleta e voar na imensidão.

Por amor é que vim habitar nesta terra,
E as cores da natureza pinto por amor,
Pra alegrar o teu dia, transformar teu sorriso
E criar um jardim no teu coração.

Sinto tua falta, Amado! Amante!
Traga-me o amor que sublimei em ti.
É por este amor que continuo buscando
Pra viver o momento que nunca vivi!


Poesia de Antoniêta Bonfim de Andrade

25/08/2010

Relato

Não quero que caminhem na minha frente, nem atrás de mim, apenas a meu lado e continuem meus amigos.


A amizade com os pais de Waldonys já consolidam 46 anos, amizade sólida e presencial. Este garoto atrevido como ficou conhecido no meio artístico, peguei no colo, e como tal considero um sobrinho querido. A amizade com Fagner, da qual sou uma admiradora, veio depois através da família do Waldonys.

Antoniêta Bonfim

24/08/2010

Natureza

São seis horas da manhã, me levantei pra orar
Os pássaros cantam pra mim, com belíssimos gorguejares.
Eles estão agradecendo por nascer um novo dia
E eu aqui recebendo toda esta energia.



Sol é luz, é claridade que nos aquece a alma
Fazendo as plantas brotarem das profundezas da terra.
Cresceram lindas trepadeiras, formando bela latada.
A sombra é maravilhosa, os pássaros fazem pousada!

Cante! Cante! Como é lindo o seu cantar.
Um deles ficou no alto, mandando eu cantar meu desejo.
E como vim pra orar
Sei que em algum lugar esquecido, lá dentro de mim
 Existe desejo que é só meu,
Se não fosse pra ser só meu
Não existiria desejo,
Desejo de te encontrar.


 
Poesia e pintura de Antoniêta Bonfim de Andrade

23/08/2010

Poema para Maria

No começo desconhecida
Por Deus foste escolhida
Para ser mãe do Salvador.
Tua sutileza, tua gentileza,
Teu caminhar firme,
Teu sim de amor!



Na confirmação do sim
Viraste Maria das Dores,
Paz, Conceição, Consolação,
Mãe do Salvador!
Mãe de Todos Nós!
A quem temos devoção.


Poesia de Antoniêta Bonfim de Andrade

22/08/2010

Relato


A rosa é consagrada a muitas deusas da mitologia, é igualmente consagrada à Ísis, na qual é retratada com uma coroa de rosas. O miolo da rosa fechado fez com quer a flor significasse em muitas culturas o símbolo do segredo. 


A Rosa

Para falar destas rosas, não sei se serei capaz
Preciso de inspiração e também de muita paz.

Uma ninfa foi encontrada na clareira de um bosque,
Foi uma grande tristeza, porque ela estava morta.
Logo que Flora soube, a deusa da mata e flores,
Reuniu vários dos deuses:
Apolo, Zéfiro, Dionísio, Afrodite e as Três Graças
E foram reconstruir algo que a representasse...
Escolheram uma rosa!

Dionísio, deus do vinho, deu o néctar
Afrodite, deusa do amor, deu-lhe a beleza
Zéfiro, o vento oeste, soprou as nuvens
As Três Graças deram encanto, alegria e esplendor.

Pomona deu os frutos, as abelhas se atraíram pela flor,
E quando o Cupido atirou suas flechas para espantá-las
Se transformaram em espinhos.
Apolo, deus do sol, deu-lhe à vida e fez a planta florescer.

Aí a rosa nasceu com cores bem variadas!
Todas com significação, mas estas rosas vermelhas
Têm uma representação: amor, coragem, respeito e paixão.


 
Poesia de Antoniêta Bonfim de Andrade

21/08/2010

Relato

É nesta verdadeira declaração de amor ao Maranhão que expresso em palavras nossas riquezas, nossa cultura, nossas belezas naturais e, principalmente, a nossa paz. E foi esta paz que consegui alcançar em São Luís do Maranhão a Ilha do Amor, a Ilha que muito quero bem.



Terra Adotiva

É desta terra que falo, deste nosso Maranhão
De escritores e poetas, retratando nossas riquezas
Sendo reconhecidos em países estrangeiros.
Aqui tem ilha mutável ao ar, pássaros a gorjear
Canta aqui, canta acolá Chico Preto Azulão, corrupião.
Tudo é beleza da natureza
E a terra é boa pra se plantar.
A flora é rica, a fauna também
Tem cascavel, cobras corais e outras mais.
Não se assuste, é o equilíbrio da terra mãe.
Nesta terra promissora tem muita gente de olho
Excelentíssimos governadores
Não permitam que invasores venham aqui ludibriar.


Poesia de Antoniêta Bonfim de Andrade

20/08/2010

Relato

Adepta ao estilo figurativo, quase todas as minhas produções de pintura tem relação direta com as poesias. Algumas dedicadas à cidade de São Luis, pela a qual sou apaixonada. Nascida em Crateús – Ceará, mas radicada na capital maranhense desde a década de 70.



Largo dos Amores

Privilegiada, construída a capricho defronte ao Rio Anil
Bela vista paisagística nos deixa sempre feliz
Fostes testemunha perfeita de muitas juras de amor
E outras também desfeitas.

Quantos segredos guardados ao longo de muitos anos
Mas permanecem em silêncio em homenagem ao seu nome

Sonhei ficar um dia feito uma bela gazela
No coreto de uma praça, que fosse romântica e bela
E aos sons de bandolins, violões e cavaquinhos
Alguém cantasse pra mim.

Largos dos Amores acorda!... És tu a praça escolhida
Vem realizar o sonho que trago na minha vida
Ó praça Gonçalves Dias! Tu és linda, mui querida!
A poetisa tem que sonhar!... Continue adormecida.


Poesia de Antoniêta Bonfim de Andrade
Relato


Declaro a minha paixão de cearense que muito cedo vim pra esta cidade e daqui não saí mais. Paixão pela arte, pela cultura e pelo povo luduvicense.



Ilha do Amor

São Luís ilha do amor, muito eu te quero bem
Os mais lindos sonhos foram aqui que vivi
Não posso  imaginar viver longe de ti
Tuas praças e ladeiras, tudo é encanto e magia
És uma ilha encantada onde o sol intenso brilha

Teus casarões e tuas lendas têm histórias para contar
Teus azulejos importados vieram de Portugal
Holandeses e franceses disputaram suas riquezas
Foi Portugal vencedor desta bela fortaleza

Ficaste ha!... Quanto tempo quietinha e reservada
Com seus tesouros guardados, temia ser saqueada,
Devastada e explorada.
Mas estava escrito na estória,
Os teus momentos de glória e de apogeu também.
Fostes resgatada no tempo,
Patrimônio cultural da humanidade.


Poesia de Antoniêta Bonfim de Andrade

19/08/2010

Relato

Falar em ti Pai é difícil, tiveste uma importância grandiosa na minha vida. A minha responsabilidade, a minha determinação, o meu caráter, tudo veio de ti. Pois me guiaste os primeiros passos, e daí a minha formação. Obrigada Pai!


Pai Sé

Hoje te procuro, mas não te encontro
Partiu sem dar adeus à filha tua
O que sinto por ti, ô meu pai santo
É uma tristeza que não tem cura

Sonhos, idealismos ou comunismo
Quantas aflições passei por ti
Corajoso e sempre altivo
Pouco importava o que pudesse vir

Tu eras rudes mesmo assim sei que me amava
Deitado numa rede sobre a sala
Eu pedia que cantasse para mim.

Como esquecer estes momentos tão sublimes
Deixaste-me só no exílio desta vida

Agora meus olhos fitam o vazio
Muitas lágrimas caem sobre o chão
Sinto uma imensa saudade da nossa separação.

Poesia de Antoniêta Bonfim de Andrade

18/08/2010

A Flor da Alegria

Flor do sol de poste majestoso
De tudo se aproveita
Os ramos, as sementes, até as flores. 


Exibindo sua intrigante rotação
Exótico tons amarelo alaranjados
Floresce da primavera ao verão

Simboliza, fama sucesso e sorte
Sentimentos de felicidades
Pensamentos ensolarados
Flor brilhante, Luz radiante
Elegância de Girassol!

Poesia e pintura de Antoniêta Bonfim de Andrade

17/08/2010

A Vida
 
A vida é um sopro divino.
Harmonia e também paz
A vida traz alegrias
Tristezas e algo mais


É dom gratuito do Pai
Que nos satisfaz em prazeres
Ela age em nosso ser
e ela própria se desfaz.



Poesia e pintura de Antoniêta Bonfim de Andrade

16/08/2010

Comentário...


Maturidade

O amor maduro cresce na verdade,
E se esconde a cada auto-ilusão,
Basta-se com o todo do pouco,
Não precisa e nem quer nada do muito.

É feito de compreensão, música e mistério.
É forma sublime de ser adulta,
É forma adulta de ser sublime e criança.


Antoniêta Bonfim

14/08/2010

Liberdade

Amanheceu um dia lindo, os raios do sol me aquecem.
A melodia dos pássaros retornam como em prece;
Eles cantam para mim, pelo amor que não tive.
Pelo sonho não vivido querem eles compensar.
São eles que me entendem, seus gorjeares me acalma.
Alimenta minha alma, e ao espírito me dá paz.



Como é bom sentir a vida, no regaço do peito.
Sentir também liberdade que dá prazer ao viver.
Como é linda a natureza, sentir todas as proezas que podemos desfrutar.
O sol, o mar, a brisa, o vento, este lindo firmamento envolvendo-nos em luar.
Como é bom ser acolhida por um Deus tão protetor.
Que me abraça a cada instante com seu laço de amor.

Poesia de Antoniêta Bonfim de Andrade

13/08/2010

Miscigenação

Sou feliz como sou.
Sou negra tigresa, charmosa mulher,
Meu zumbiar sempre encanta,
Esta cor não desbota, é firme é rocha,
É presente de Deus.


Quantas recordações, daquele olhar assustado
Também desconfiado que conseguir conquistar.
Escravos fomos, usados também
Respeito eu tenho por todos nós.
Discriminados fomos! O negro, O Índio
Não por mim, sou negra também.

Ah... era amor muito puro, de raças unidas
E entre sorrisos nós nos abraçávamos
Sem fazer diferença, de cor ou de cheiro
Nós nos completávamos.

Nada me afastou, meu Índio, meu Negro
Onde estão? Aqui estou!
A vida correu, o tempo passou.
A saudade restou!!!


Poesia de Antoniêta Bonfim de Andrade

Pintura de Gustavo Silva e Lima
 Devaneios de Poeta

Ser poeta é ser triste, é ser melancólico,
É ser culto e ninguém entender.
Ser poeta é amar muito sem ser amado.
E chorar sem ninguém ver.
E sofrer por não ter amor
É dar amor e não receber!!!


O poeta é um solitário, não tem ninguém.
Coração de poeta não é de pedra
É de carne, sangra todo dia por você.
Lamento que não entendam um poeta,
Mas ajude esta poetisa a viver!!!


Poesia de Antoniêta Bonfim
Relato

Mesmo com tanta dor, não perco a esperança
pois sei que tudo é um vai e vem, é uma transformação.


Transformação

A vida é um passar de tempo
Tempo que vem e que vai
Que traz o coração contente
Nos transbordando de paz

Falam-nos em dissabores
Também de muita alegria
Entre sorrisos e flores
Encontro-me em nostalgia

Se fui feliz eu não sei
Muito sofri e chorei
Coração partido a mil

E de tantos sofrimentos
Redimo-me nesse momento
A Jesus amigo meu.


Poesia e pintura de Antoniêta Bonfim de Andrade
Relato

Quando despedacei minha vida por uma separação, me refugiei num silêncio profundo!!! Pra chorar, pra pensar, pra orar. Dentro deste silêncio brotou está poesia.


Silêncio

Silêncio que minha n’alma grita, a dor é muito grande e infinita
Perdi o grande amor da minha vida. Eu vós peço silêncio!!!
Calem todos, quero ficar isolada, não quero ouvir as palavras
Da qual eu fui enganada. Nada, mas quero ouvir nesta casa vazia
Só quero mesmo sentir a morte deste dia.
Calem o mundo ao meu redor,
Calem as emoções que vivi
Calem a traição que fui vítima.

Da luz que tinha na vida, bem lentamente se foi.
Agora só quero silêncio pra curar esta dor infinda.
Esquecer as lembranças
Esquecer a própria vida.
Engolir minhas lágrimas.
Não escrever poesias.

A todos eu peço Silêncio!!!
Pois minha vida aos pedaços grita!!!


 
Poesia e pintura de Antoniêta Bonfim de Andrade

11/08/2010

Relato
 
Quando seguimos a natureza das coisas,
Não existe sombra, até a tristeza é luminosa.



Abstrata

É na solidão da vida
Na minha visão distorcida
Tudo passava sem som
Sem fazer barulho algum

E sem brilho nem fulgor
Sem forma feita nem cor
Eu também nada fazia
Pois assim nada queria

E na solidão fiquei
Não sorrir, não chorei,
Fiquei alí sem falar
Sem ouvir, sem olhar
Na negativa do ser,
No meu ata, nem desata
Da minha poesia abstrata.

Poesia de Antoniêta Bonfim
Relato

Na idéia de sonho que transformou-se em realidade,
comecei a escrever e a pintar, pois eis o que dizia.


Sonhos

Eu tinha uma caixa de pintura.
Com cores brilhantes e arrojadas.
Tinha laranja para alegria de viver!
Tinha o verde para os botões e os ninhos!

Tinha o rosa para os sonhos e o descanso!
Tinha o azul para os céus claros e brilhantes!
Sentei-me e pintei a paz!

Poema e pintura de Antoniêta Bonfim

10/08/2010

Ficção

Era uma estrela no espaço, abandonada da constelação
Lá ficava a vagar dentro de sua solidão
O sol vendo aquela prenda começou a perseguição
Tentava o sol todo dia: A estrela dizia não!



De tanta perseguição, a estrela já cansada deu um alô para o sol.
O sol muito atraente conquistou a bela estrela.
E a estrela bem carente, entregou-se toda ao sol, no momento do amor.
Ninguém sabia quem era estrela, quem era sol; fundiram-se no tempo.

Não tinha espaço pro sol junto à estrela; ela voltou a sua solidão.
Também faltava espaço pra estrela junto ao sol.
São espaços de ficção.


 
Poema de Antoniêta Bonfim
Para minha neta Priscila...

Relato 

Riacho que murmura, pássaro que canta, e flor que desabrocha,
chama-se o amor que sinto por ti.



Laços de Ternura

Pequena fagueira, coração feliz
Menina faceira a vida te quer
Apresenta a todos um belo futuro
Tu és a esperança de um novo porvir

A vida te aceita assim como és
Humilde, alegre e vaidosa mulher
Conquista espaços que só a ti convém
Vai e mostra o talento que tens

Em colo simples fostes acalentada
Por rudes mãos também acariciada
E em braços fortes adormeceu

Ao acordar de um sono quase sonho
Viu que a beleza maior deste mundo
São as raízes do povo seu.


Poema de Antoniêta Bonfim de Andrade