13/08/2010

Miscigenação

Sou feliz como sou.
Sou negra tigresa, charmosa mulher,
Meu zumbiar sempre encanta,
Esta cor não desbota, é firme é rocha,
É presente de Deus.


Quantas recordações, daquele olhar assustado
Também desconfiado que conseguir conquistar.
Escravos fomos, usados também
Respeito eu tenho por todos nós.
Discriminados fomos! O negro, O Índio
Não por mim, sou negra também.

Ah... era amor muito puro, de raças unidas
E entre sorrisos nós nos abraçávamos
Sem fazer diferença, de cor ou de cheiro
Nós nos completávamos.

Nada me afastou, meu Índio, meu Negro
Onde estão? Aqui estou!
A vida correu, o tempo passou.
A saudade restou!!!


Poesia de Antoniêta Bonfim de Andrade

Pintura de Gustavo Silva e Lima

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