Miscigenação
Sou feliz como sou.
Sou negra tigresa, charmosa mulher,
Meu zumbiar sempre encanta,
Esta cor não desbota, é firme é rocha,
É presente de Deus.
Quantas recordações, daquele olhar assustado
Também desconfiado que conseguir conquistar.
Escravos fomos, usados também
Respeito eu tenho por todos nós.
Discriminados fomos! O negro, O Índio
Não por mim, sou negra também.
Ah... era amor muito puro, de raças unidas
Ah... era amor muito puro, de raças unidas
E entre sorrisos nós nos abraçávamos
Sem fazer diferença, de cor ou de cheiro
Nós nos completávamos.
Nada me afastou, meu Índio, meu Negro
Onde estão? Aqui estou!
Onde estão? Aqui estou!
A vida correu, o tempo passou.
A saudade restou!!!
Poesia de Antoniêta Bonfim de Andrade
Pintura de Gustavo Silva e Lima
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